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21 de junho de 2022

Cédula de Protesto: Os Cunha Dólares

Um militante jogou dólares-fantasia na cabeça de Cunha durante uma entrevista. O homem gritou sobre supostas 'contas na Suíça' e foi detido pela Polícia Legislativa.
Um militante jogou dólares-fantasia na cabeça de Eduardo Cunha durante uma entrevista.
O homem gritou sobre supostas 'contas na Suíça' e foi detido pela Polícia Legislativa.
Foto de Lula Marques/Agência PT


Em Brasília, no dia 04/11/2015, um manifestante jogou, literalmente, um balde de dólares na cabeça do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), durante uma entrevista coletiva no Salão Verde da Casa.



“Trouxeram sua encomenda da Suíça”, gritou o rapaz antes de jogar as cédulas, que trazem uma foto de Cunha no centro e contêm a inscrição do Movimento Levante Popular da Juventude.

O homem foi detido logo em seguida por seguranças e levado para o Departamento de Polícia Legislativa da Câmara. Cunha permaneceu em frente aos microfones e prosseguiu com a entrevista. Momentos antes, defensores de Dilma e grupo pró-impeachment haviam entrado em confronto no Salão Verde da Câmara.

A assessoria de imprensa do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), simpatizante do Levante Popular da Juventude, informou que o parlamentar foi informado que o militante detido seria Thiago Pará, secretário-geral da UNE e integrante do movimento. Até a última atualização desta reportagem (novembro de 2015), o manifestante ainda prestava depoimento à Polícia Legislativa.

Enquanto o rapaz era detido, manifestantes favoráveis à abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff gritaram: “Fora, PT, fora PT!”. Eduardo Cunha disse que iria reestabelecer a ordem na Câmara e afirmou que não iria se intimidar com a atitude de “um militante contratado”.

“Não vou, por causa de um militante encomendado aqui para fazer uma agressão, me intimidar, constranger. Ele foi contratado por alguém com um objetivo. Não vou pautar a minha atuação por causa de um militante. Vou impor a ordem à Casa, pode ter certeza disso”, disse.

“A Casa não será alvo de permanentes panfletos. O que acontece é que foram executar a minha ordem na marra antes da polícia legislativa. Por isso, vamos instaurar uma sindicância e quem cometeu ato de violência vai ser punido”, disse Eduardo Cunha.




Sobre o trabalho produzido pelo grupo de manifestantes



Pouco tempo depois do ocorrido, tentei contato com um colecionador de Brasília Bruno Diniz, do blog Diniz Numismática, que dizia ter em mãos, alguns exemplares originais dessas notas jogadas no Congresso Nacional, que informou que o material possivelmente foi confeccionado em papel simples "Offset".
Neste caso, de acordo com as fotos e vídeos sobre o ocorrido, acredito que ambos os lados da cédula sejam a mesma estampa.

Fontes: Jornalspnorte.com.br, G1.globo.com (Com alterações).

2 de março de 2021

Deputado que acabar com o dinheiro físico no Brasil


(Matéria originalmente lançada em 2020)

O deputado federal Reginaldo Lopes (PT/MG) quer o fim da circulação de dinheiro em espécie no Brasil. De acordo com a proposta do parlamentar, o "dinheiro de papel" deveria parar de ser impresso em cinco anos.

O projeto de lei foi apresentado por Reginaldo Lopes logo após o anúncio da criação da nota de R$ 200. Segundo entrevista ao jornal "O Tempo", o dinheiro em espécie pode ser utilizado para a corrupção.

Por outro lado, transações digitais com dinheiro podem coibir a prática criminosa envolvendo o "dinheiro de papel". Apresentado à Câmara dos Deputados, o projeto ainda precisa ser aprovado para se tornar lei.

O dinheiro físico pode acabar?

A proposta do deputado federal Reginaldo Lopes prevê a descontinuidade na produção de dinheiro em espécie. Ao contrário do que espera o Banco Central com a criação da nota do lobo-guará, o projeto de lei do parlamentar mineiro quer reduzir o uso de “dinheiro vivo”.

Para Lopes, a circulação, produção e uso do real brasileiro deve ser transformada em transações digitais. Além de reduzir os custos com a produção de novas cédulas, a proposta do parlamentar visa combater a corrupção e a lavagem de dinheiro.

Segundo o projeto apresentado recentemente, em até um ano as cédulas acima de R$ 50 seriam extintas pelo Banco Central. Dessa forma, transações de grandes volumes de dinheiro aconteceriam somente por meio digital.

Além disso, o projeto de lei busca acabar com a emissão de cédulas de real até 2025. Ou seja, em cinco anos, notas menores que R$ 50 também deixariam de circular no Brasil.

No entanto, a proposta não prevê o fim da Casa da Moeda, responsável atualmente pela produção de dinheiro. Segundo Lopes, a empresa estatal deveria ser responsável por fiscalizar e emitir o dinheiro digital que substituirá o real brasileiro.

Além de combater a corrupção com a extinção do dinheiro de papel, o projeto de lei visa a proteção do meio ambiente. Em entrevista ao jornal "O Tempo", Reginaldo Lopes frisa também que nenhuma taxa deverá ser cobrada por bancos em relação às transações digitais.

"Nós precisamos eliminar o uso do papel-moeda na sociedade brasileira. Será extremamente positivo pra gente, no futuro, fazer uma revisão da carga tributária, vamos combater a corrupção e proteger o meio ambiente."

Esse não é o primeiro projeto do deputado federal Reginaldo Lopes sobre a emissão de dinheiro físico no país. Em 2015 o parlamentar de Minas Gerais apresentou um projeto semelhante, que também visava acabar com o papel-moeda, estimulando o uso do dinheiro através de sistemas online de transações.

Fonte: Cointelegraph Brasil (com alterações).


Vamos analisar a questão...

PONTOS POSITIVOS DA EXTINÇÃO DO DINHEIRO FÍSICO:

  • Menos corrupção, quando a verba for custeada em dinheiro físico.

  • Os políticos não poderão encher as malas e as cuecas com dinheiro de propinas, reduzindo a corrupção.

  • Toda as transações financeiras poderão ser rastreadas pelo governo e autoridades policiais.

  • Menos gasto financeiro do Banco Central com a confecção de dinheiro para suprir as demandas do meio circulante.

  • Menor impacto ao meio ambiente, por haver menos necessidade de extração de minérios ferrosos e produção de papel fiduciário, além dos processos químicos que são necessários para a produção do dinheiro, que termina em contato com o meio ambiente no momento do descarte do lixo produzido.

  • Fim do problema das falsificações de dinheiro.

  • O dinheiro-fantasia se tornaria algo comum no Brasil, com artes mais elaboradas e possivelmente mais apreciado pelos curiosos e colecionadores.

  • Menor propagação de doenças e bactérias, ocasionadas pelo manuseio de dinheiro físico sujo e contaminado.

  • A polícia poderá encontrar facilmente criminosos procurados pela justiça, rastreando as transações bancárias.

PONTOS NEGATIVOS DA EXTINÇÃO DO DINHEIRO FÍSICO:

  • Nem todos os cidadãos do país têm acesso à energia elétrica, e muito menos à internet, o que impossibilitaria o uso contínuo do dinheiro digital. Não havendo acesso fácil à energia elétrica e à internet, a população mais prejudicada iria recorrer ao dinheiro físico, já desgastado, sujo e defasado ou até mesmo, outras formas de moeda, fazendo a população regredir, como na época pré-monetária, onde se usava o escambo (troca de mercadorias e serviços como meios de pagamento).

  • Os numismatas (colecionadores de dinheiro) sofrerão uma defasagem em suas coleções de dinheiro brasileiro (a coleção praticamente, estaria estagnada e chegaria ao fim).

  • Cédulas que hoje têm valor pouco acima do seu valor de estampa, poderão valer muito mais, tornando todo o material praticamente inacessível à outros colecionadores (uma simples nota de 10 reais estaria valendo ouro). 

  • Coleções de moedas e papel-moeda se tornariam raridades e seriam ainda mais visados pela bandidagem.

  • Os assaltantes passarão a andar com maquininhas de cartão. (Talvez?)

  • A bandidagem estará ainda mais atenta aos seus cartões de crédito e celulares, que seriam ainda mais desejados pelos marginais.

  • O velho hábito de guardar dinheiro em baixo do colchão e no cofrinho, para possíveis emergências, chegaria ao fim.

  • O governo poderá rastrear todas as suas compras; o que foi comprado, quando e quanto foi pago.

  • Total acesso do governo sobre o quanto você ganha.

  • Os índices de ataques de hackers nas instituições financeiras para roubar o dinheiro da população, aumentariam assustadoramente.

  • Possível descontrole de boa parte da população em relação aos seus próprios gastos.

  • Exigirá da população, atenção redobrada para se atentar às possíveis questões de "roubo" do dinheiro pelo próprio governo, como o ocorrido na época do então presidente Fernando Collor (em 1990), que confiscou a poupança dos brasileiros, jogando o país em uma grande recessão.

  • Toda a população será obrigada a ter uma conta em um banco, ter cartões de crédito/débito, e/ou ter um celular com aplicativos de bancos, e acesso à internet.

  • Todo o comércio será obrigado a aderir às maquininhas de cartão, sendo que há uma lei que permite que o comerciante opte por não aceitar pagamentos com cartões de crédito/débito, e aceite pagamentos apenas com o dinheiro em espécie circulante no país, caso ele prefira.

  • Potencial aumento de golpes virtuais e roubos de senhas.

  • Possível demissão em massa nas agências bancárias, lotéricas e nas fábricas de dinheiro da Casa da Moeda do Brasil.

  • Em novembro de 2020 surgiu o Pix, modalidade simplificada de fazer pagamentos usando apenas o celular, não sendo necessário o uso do cartão de débito. Tem sido a melhor forma da bandidagem cometer assaltos, e o negócio ficaria muito pior.


E você? Estaria preparado para essa mudança? Qual a sua opinião a respeito desse assunto?

28 de fevereiro de 2021

As cédulas de 89 mil reais da Michelle Bolsonaro

 


A música da banda Detonautas Roque Clube, "Micheque" que questiona os depósitos de R$ 89 mil na conta bancária de Michelle Bolsonaro, feitos por Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, está incomodando a ainda primeira dama do Brasil. Segundo o jornal O Globo, ela busca na Justiça a possibilidade de censurar a composição de Tico Santa Cruz.
Na internet, a informação gerou revolta e uma mobilização para que seja amplamente escutada. Com a repercussão, os Detonautas ficaram entre os assuntos mais comentados do Twitter naquela semana.

Na quinta-feira (25/09/2020), Michelle Bolsonaro prestou queixa contra a banda por causa da música, alegando ser vítima de injúria, calúnia e difamação, e pede que a composição seja retirada imediatamente de todas as plataformas digitais.

Ela ainda pede que a música dos Detonautas seja proibida de ser executada em qualquer lugar público ou privado.

Em sua conta no Facebook, Tico Santa Cruz questionou a queixa da primeira-dama;
Cadê a liberdade de expressão para que possamos questionar algo que é de interesse público?
O Governo Bolsonaro não é contra o MIMIMI? Nós não acusamos ninguém de nada, nem sequer usamos o nome deles! Vamos aguardar!”, escreveu o cantor.

É uma tentativa de Censura????”, perguntou Tico Santa Cruz.

A música tem a participação especial de Marcelo Adnet imitando a voz do presidente Jair Bolsonaro. Além da sátira à pergunta que viralizou em todo o país: Bolsonaro, por que sua esposa, Michelle, recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?”, ‘Micheque’ ainda faz referências ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a seus filhos: Flávio Bolsonaro (01, que foi apelidado de “Willy Wonka”, por suspeita de utilizar uma loja de chocolates da Kopenhagen para lavagem de dinheiro no caso das rachadinhas de Queiroz); Eduardo Bolsonaro (02, que ficou com o apelido de “Bananinha”) e Carlos Bolsonaro (03, apelidado de “Tonho da Lua”, por ser parecido com o personagem da novela “Mulheres de Areia”).

Hey Michelle, conta aqui para nós, a grana que entrou na sua conta é do Queiroz? Hey capitão, como isso aconteceu? Levante a mão pro alto e agradeça muito a Deus. Zero um é o Willy Wonka, zero dois é o Bananinha, zero três o Tonho da Lua que comanda a turminha. Passa o dia conspirando, arrumando confusão, mas é tudo gente boa, gente de bom coração”, diz um trecho da música.



   Entenda o caso QUEIROZ   

Fabrício Queiroz é investigado por operar um esquema de “rachadinha” no gabinete do filho “01” de Jair, Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), quando era deputado estadual.

Fabrício Queiroz recolhia parte do salário dos assessores e repassava para a família Bolsonaro. A quebra de sigilo bancário de Fabrício Queiroz revelou que ele depositou 21 cheques na conta de Michelle Bolsonaro, totalizando R$ 72 mil entre 2011 e 2016.

Entre janeiro e junho de 2011 também foram registrados depósitos feitos pela esposa de Fabrício Queiroz, Márcia Aguiar, que somam mais R$ 17 mil repassados para Michelle Bolsonaro.

A pergunta “Presidente, por que sua esposa recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz” foi feita por um jornalista no dia 23 de agosto. A resposta de Bolsonaro foi: “a vontade que eu tenho é de encher sua boca de porrada”.
Com a truculência, a pergunta feita pelo repórter tomou as redes sociais com o povo cobrando uma explicação.

Com a repercussão do caso, em todo o país, no dia 27 de agosto, uma grande placa foi instalada na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto, com o questionamento sobre os cheques depositados por Fabrício Queiroz nas contas da então primeira-dama.

No dia seguinte, 28 de agosto, Bolsonaro deixou à mostra o roteiro usado por ele durante sua live semanal. Foi possível ler no papel, que ficou em cima da mesa, que, no item 7, ele pretendia “botar um ponto final na questão envolvendo Queiroz e a Primeira Dama”. No decorrer da apresentação, porém, ele pulou este item, que apareceu riscado, e não deu explicação nenhuma para a pergunta que o país inteiro faz: Por que diabos Queiroz depositou R$ 89 mil na conta de sua mulher, Michelle Bolsonaro?

Uma semana se passou e nada de Bolsonaro ou Michelle darem qualquer explicação sobre os depósitos. No dia 4 de setembro, a banda Detonautas lançou a música ‘Micheque’.

A música, pelo seu tom crítico satírico viralizou nas redes sociais e agora, com a decisão de Michelle Bolsonaro, de ir em busca da censura da canção, fica evidente o incômodo gerado pela banda de rock.

Até agora, nem Michelle, nem Bolsonaro explicaram o motivo dos depósitos.

A autoria da arte é desconhecida, e a cédula apresenta apenas uma face.

* * * 



"Presidente Bolsonaro, por que sua esposa Michelle recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?"

Arte da ilustradora e designer gráfica Rayssa da Penha do Rio de Janeiro, conhecida no Twitter como @dapenhaaqui.
A cédula apresenta as duas faces, é a melhor cédula-de-protesto sobre o assunto.

(Se não fosse algumas falhas na arte, teria ficado perfeito né?)

* * *


A arquiteta urbanista, artista plástica e coordenadora de relação institucional do Theatro Municipal de São Paulo, Adriana Marto, lançou em sua conta no Instagram uma sugestão para o governo Jair Bolsonaro: Uma cédula no valor de R$ 89 mil.

Presidente @jairmessiasbolsonaro, por que sua esposa @michellebolsonaro recebeu 89 mil reais do Queiroz?”, escreveu a arquiteta junto com a arte, que mostra a cédula de R$ 89 mil com a imagem de uma laranja e a descrição de “República Miliciana do Brasil”.
A cédula apresenta apenas uma face.



23 de outubro de 2019

1 Peso Muerto - Bolsonaro

A nota de "1 peso muerto", surgiu da visita do ex-presidente da república Jair Bolsonaro à Argentina em 2019, e entre os assuntos dos dois presidentes, surgiu a ideia de criar uma "moeda única" entre o Brasil e a Argentina para melhorar os "laços comerciais". Claro que a ideia virou piada na Internet. Muitos estudiosos da área da economia afirmaram que a concretização seria péssima para ambos os países, por enormes diferenças cambiais entre as 2 moedas (peso argentino e real brasileiro).

A cédula abaixo é uma versão da nota de 1 peso argentino, e criada a partir de um meme da Internet, trabalho anterior de outro artista desconhecido.

Esta cédula é, portanto, uma caricatura, um protesto político.






A cédula impressa.

Abaixo, a cédula mal elaborada, que originou os memes na Internet:



Abaixo, a cédula argentina original, usada como base para as montagens:


*Matéria atualizada em 27/06/2023


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