Dinheiro de novela: 100.000 Pesos Kubanaquenses


Em 2003 estava no ar a novela Kubanacan, produzida pela Rede Globo e exibida no horário das 19 horas, em 227 capítulos. Foi a 65ª "novela das sete" exibida pela emissora. Escrita por Carlos Lombardi.

Contou com as participações dos atores Marcos Pasquim, Adriana Esteves, Danielle Winits, Vladimir Brichta, Carolina Ferraz, Humberto Martins, Betty Lago,  Werner Schünemann, entre outros.

Pouca gente se lembra dos fatos do seu enredo, absurdamente mirabolante, com direito a guerra, viagem no tempo e mocinho com múltiplas personalidades. Bizarra, a novela ainda assim conquistou alguns telespectadores com comédia, ação e romances e fez de Marcos Pasquim o eterno "pescador parrudo".

A trama de Carlos Lombardi começava nos anos 1950, na fictícia ilha caribenha chamada Kubanacan. O clima tropical do lugar era usado como desculpa para que Pasquim aparecesse em grande parte das cenas sem camisa, sem motivos aparentes. Ele acabou sendo estereotipado por isso. (Virou piada, e com certeza perdeu alguns papéis).


O ator interpretava, a princípio, Esteban Maroto, um rapaz sem memória que aparecia numa praia e tentava entender o que estava fazendo naquele lugar. Ao longo dos 227 capítulos, ele desenvolveu (ou expôs) outras personalidades, como a do pescador parrudo, Dark Esteban (uma versão sombria e com ar de vilão do protagonista) e León Allende Rivera.

Só no final da trama o Esteban do primeiro capítulo, o "original", se recuperou da amnésia e entendeu que na verdade era León, filho de Esteban com Rubi (Carolina Ferraz), que usou uma máquina do tempo para ir até a Kubanacan do passado e evitar a destruição da ilha.

Parece confuso? Para o público e para os próprios atores também parecia. A novela foi considerada imperdível porque, se o telespectador perdesse um capítulo, já corria o risco de não entender mais nada.

O elenco também teve suas dificuldades. Humberto Martins interpretava o General Camacho, um ditador que governava a ilha em meio a uma guerra civil, com casos de espionagem e fraudes, uma instabilidade política geral. O ator deixou a novela no meio da trama, alegando que precisava resolver problemas pessoais. Mas, na verdade, o que aconteceu foi uma guerra de egos entre ele e Pasquim. Humberto se sentiu melindrado por não ter o destaque que gostaria e pediu para sair. Ele ficou três meses afastado de Kubanacan, mas retornou ao trabalho. Ângela Vieira, que fazia o papel da vedete Perla Perón, também pediu pra sair. Ela não concordava com os rumos que sua personagem estava tomando.

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Minha opinião

O texto acima é do site "Notícias da TV, UOL", e sinceramente, eu não consigo entender a vida de um artista de TV... Ator dando chilique por causa dos rumos do personagem? Afastar-se do trabalho por causa de um descontentamento? Pedir pra sair? Faz isso no seu trabalho pra você ver o que acontece: É demissão na certa, e ainda colocam outra pessoa no teu lugar, ganhando até menos que você. Eu espero que muitos atores e atrizes estejam passando necessidade financeira nesse período de quarentena do Covid (2020) para aprenderem a dar valor ao trabalho, valor à vida de artista na Globo, cargo que milhares de artistas nesse país desejariam ter. E principalmente o salário de um ator da Globo, que não é pouco.

Ator/Atriz que dá chilique por causa de papel, realmente não merece um papel de destaque. Se for pra dar chilique, porquê que aceitou o trabalho? Que deixasse a vaga para um ator realmente interessado. Entendo perfeitamente que "nem tudo são flores" até mesmo nas melhores empresas, que tem trabalhos que são um verdadeiro "pé-no-saco", pessoas horríveis de se trabalhar, mas alí, na sua profissão de ator, você é insubstituível, portanto o show tem que continuar. 


Vamos falar de DINHEIRO!

Eu não sabia da existência dessa cédula cenográfica, e pra ser sincero, não tenho como comprovar a veracidade deste material, até porquê, eu não assistia essa novela (Sim, a novela era muito ruim).

Não há informações sobre o criador da tal cédula cenográfica.

Encontrei no site de leilões Tudorleiloes.com.br a seguinte cédula de 100.000 Pesos kubanaquenses:


Note que a qualidade dessa imagem é ruim, sem definição e com reflexos de flash, e diante disso, eu resolvi recriar/restaurar a cédula, dentro do máximo possível que eu pude fazer:

100.000 Pesos





Dados do país fictício KUBANACAN

Nome oficial: República Central de Kubanacan.

Gentílico: "kubanaquense" ou "kubanaquenho".

Hino nacional: O tema da novela (Coubanacan, de Ney Matogrosso).

Regime: Ditadura (Assim como Cuba).

Líder: General Carlos Pantaleón Camacho (Interpretado por Humberto Martins).

Língua oficial: Espanhol (Mas a novela, por incrível que pareça, é toda em português BR).

Moeda: Peso kubanaquense.

Independência (da Espanha): Século XIX.

Bandeira: Baseada na bandeira do Tibete, sem a montanha e com faixas verdes em vez de azuis. No centro há uma estrela que, contém um anel branco com mais estrelas e um sol, que lembra as bandeiras da Argentina e do Uruguai sob um círculo azul. Em baixo há uma faixa com o nome do país.

Sobre o país fictício: Kubanacan é um país insular, supostamente na região das Antilhas. O país em 1958 já tinha sido "conquistado" pelo general Camacho depois do golpe que assassinou o presidente anterior, Rubio Montenegro. Camacho tem como lema "Prometo y cumplo", apesar de, como qualquer ditadura da sua categoria, não cumpre nada. A capital é La Bendita, que fica no centro sul. Outras cidades incluem Santiago (a zona mais pobre do país, no oeste, onde opera a oposição do Partido Operário Kubanaqueiro, La Bamba (também no leste do país, e bem mais pobre), Misiones (no centro) e Valparaíso.

O país está dividido em sete províncias, sendo que está em disputa com La Platina, um país mais pequeno considerado por Camacho como "a oitava província".
Economicamente, Kubanacan tem uma "economia bananeira", dando mais relevo ao termo "república das bananas" - a banana é o principal produto kubanaquense. O governo até lançou campanhas de sensibilização para o seu consumo. La Platina dedica-se à produção de carne bovina e tem um potencial de exportação maior do que o país vizinho. Outros produtos incluem o sucedâneo local da Coca-Cola, a Bana-Cola, o shampoo "Cheirinho de Maçã" e o biscoito "Lo Cremoso".

70% dos kubanaquenses vivem no limiar da pobreza. A principal religião do país é o cristianismo, sobretudo o catolicismo, onde a devoção à Virgem de Guadalupe é bem forte, como no México e outros países latino-americanos. Como no Brasil, ainda há uma comunidade espírita.

O principal desporto do país é o boxe, sendo que o próprio país "inventou" o Telecatch. Em 1958, Kubanacan e La Platina se enfrentaram em um jogo de futebol entre as seleções dos dois países.

Os meios de comunicação estavam a níveis dos anos 40. Kubanacan testa a televisão, na vã esperança de obter sinais dos países vizinhos. Mais tarde as emissões arrancam oficialmente (sob o nome de TV Kub), que tem mostrado um papel bastante importante na disseminação de notícias na fase mais avançada da novela. Obviamente a rádio tem um papel de suma importância, com a rádio oficial do país, a Rádio Kubanacan (56,3 MHz), que anuncia a sua frequência antes de dar notícias de extrema importância. Foi lá que tentaram provocar o Camacho. Outros tipos de programas incluem "La Hora de las Estrellas", um programa musical, e toda uma sequência de radionovelas. O principal jornal é o Correo Kubanaquense (uma das concorrentes é a Hoja de Kubanacan) e existem diversas revistas, como a revista de futebol Pelotakan.




Atualização em 20/06/2022:

Descobri recentemente na Internet essas moedas, que segundo informações, são moedas cenográficas da novela cunhadas em alumínio e cuproníquel banhadas em bronze. As mesmas podem ser encontradas à venda no site do Mercado Livre à preços exorbitantes, dados à suas peculiaridades e raridade.
50 Centavos kubanaquenses
50 Centavos kubanaquenses

10 Centavos kubanaquenses
10 Centavos kubanaquenses


Vale lembrar que essas moedas e essa cédula ainda são, ao menos para mim, um mistério. Pois não existem confirmações sobre a existência dessas peças na novela de Carlos Lombardi.


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Sinceramente, eu achei essa cédula bem estranha, parece mais uma bandeira de escola de samba carioca.
Mas está aí, pra quem quiser guardar na coleção esta cédula-fantasia da novela Kubanacan, é um item interessante que eu acho que vale a pena.






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