Em 1992 foi lançada a cédula de 100 mil cruzeiros com motivo da Eco 92, a que tem o beija-flor que serviu de base à futura cédula de 1 real. Porém havia outro projeto, que Guilherme Ribeiro Tardin Costa traz em sua dissertação "O design das cédulas brasileiras do cruzeiro ao real (1970-2010)", defendida na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Trata-se de um projeto da Casa da Moeda do Brasil atribuído a Álvaro Martins e Amaury Fernandes da Silva Júnior.
A peça em questão, que tem uma arte-final em grafite (em preto e branco), e mostra em detalhe os rostos das 12 estátuas dos profetas de Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa. 1738-1814), entre eles: Joel, Isaías, Ezequiel e Amós, com mais outros sete ao fundo. Estas, originalmente foram esculpidas em pedra sabão e são patrimônios icônicos da cultura e arte nacional, além de referência à arte barroca.
Cédula-teste de Aleijadinho. |
O Departamento de Matrizes do Banco Central nunca divulgou imagens do reverso desta cédula, portanto, imagino que o seu reverso seja a mesma das Cataratas do Iguaçu, sem muitas alterações.
Seus trabalhos já foram homenageados em outra cédula: 10 cruzeiros de 1970. E em uma moeda: 20 cruzeiros de 1981.
O dono do blog Diniz Numismática fez uma colorização computadorizada da cédula, segundo a sua concepção pessoal.
(Lembrando que essa coloração não faz parte do projeto oficial)
Na minha opinião, se esta cédula tivesse sido aprovada e colocada em circulação, provavelmente, seria a mais bonita cédula a circular no país em toda a sua história.
Fonte: Coleçãosfm.Wordpress.
Texto extraído de "O design das cédulas brasileiras do cruzeiro ao real (1970-2010)", de Guilherme Ribeiro (Com alterações).