14 de maio de 2020

10 anos do blog Dinheiro Fantasia!


Maio é o mês de aniversário do blogger DINHEIRO FANTASIA, e nesses 10 anos até maio de 2020, o blog já contabilizava mais de 30 mil visitas!

Comemorando com uma moeda de cobre!

É um enorme prazer poder ter esse espaço virtual, onde eu possa expor as minhas ideias e loucuras criativas. Isso, com tempo, uma boa trilha sonora, um Photoshop, inspiração e a imaginação, são ótimas combinações para mim, que tenho mania de colecionismo, e a mente aberta para a criatividade.
A pergunta que eu sempre me fiz foi.. "PORQUÊ NÃO?"

Ao longo desses anos, tive também um blog pessoal, e um blog sobre a minha coleção do Titanic, que hoje por conta da saturação pessoal e de excesso de dados na Internet, não existem mais. Mas o blog "Dinheiro Fantasia" foi a paixão que conseguiu se manter, por me dar total espaço de trabalho no quesito LIBERDADE.

Eu admiro o dinheiro desde pequeno, desde que me entendo por gente, já apreciava a arte do dinheiro, o seu valor e importância no mundo e sua diversidade de cores, números, formatos, estilos, linguagens, etc. Acho que hoje, nada poderia me completar mais do que a NUMISMÁTICA.

Minha intenção aqui, não é afrontar ninguém, nem leis, nem direitos. Mas sim, expressar ideias, mostrar possibilidades, elogiar, protestar, homenagear, divertir, criticar, mostrar que toda essa loucura é possível. Só precisamos abrir a mente e o coração.

Dinheiro fantasia é arte.
Dinheiro fantasia é criatividade.
Dinheiro fantasia é amor.
Dinheiro fantasia é liberdade.

Muito obrigado aos mais de 30 mil acessos!
E vamos em frente!

Enquanto o homem for um ser livre e pensante, a arte não morrerá.

Rafael Rosa

7 de maio de 2020

As libras de Hy Brasil

Você brasileiro, já ouviu falar de uma ilha chamada "Hy Brasil"?

A história oficial que todo mundo ouviu na escola: Nosso país foi batizado graças à grande quantidade de paus-brasis que era retirada da costa nos primeiros anos de colonização (1550). Antes disso, se chamava Terra de Santa Cruz e, antes ainda, Ilha de Vera Cruz, porque os portugueses não faziam ideia do pedaço de continente que eles estavam invadindo quando chegaram aqui.
A versão é coerente, é claro, mas há um pequeno detalhe que nem sempre é mencionado: O nome Brasil já existia muito antes das grandes navegações botarem os pés nas Américas e era, com frequência, usado para designar uma ilha fantástica e inalcançável que flutuava ao léu pelo Atlântico, e pela imaginação dos povos europeus.
A história tem origem entre os povos celtas que habitavam a Irlanda na Idade Média. Segundo a crença, havia, a oeste do país no Oceano Atlântico Norte, uma ilha em formato perfeitamente circular que vagava pelo oceano e era completamente coberta em névoas. A cada sete anos, a névoa se dissipava e a terra podia ser avistada por olhos humanos, mas nunca alcançada.
A lenda se espalhou para outras culturas da Europa e foi muitas vezes recontada e adaptada, virando sinônimo de "terras encantadas" que existiam além do limiar conhecido do Atlântico. Chegou a ser incluída em trabalhos cartográficos até o início do século XIX, tendo aparecido pela primeira vez em um mapa genovês em 1325 e, em 1375, em um atlas catalão.
Mapa catalão da Europa que incliu a Hy Brasil
Mapa catalão que inclui a Hy-Brasil à oeste da Irlanda, uma ilha perfeitamente circular.
Fonte: Wikimedia Commons.

Ninguém sabe muito bem o motivo pelo qual os celtas batizaram a ilha mitológica de Hy-Brasil, ou Hy-Breasal, para ser mais exato. Sabe-se que, no antigo idioma céltico, a expressão Uí Breasail teria evoluído para o gaélico O’Brazil e significa “descendentes do vermelho”, mas ninguém sabe direito quem ou o quê era o vermelho em questão ou se o nome chegou a influenciar o batismo do pau-brasil, que também remete ao vermelho da seiva da árvore, mas cuja etimologia mais aceita é que venha de um adjetivo derivado da palavra brasa.
Uma teoria que explicaria a questão é a de que, em tempos antigos, os egípcios chegaram a aportar na Irlanda para comprar e vender produtos. Um dia, a rota comercial parou de ser lucrativa e eles, “os ricos vermelhos”, desapareceram para sempre em sua terra além-mar.
Mas tanta indefinição na origem do nome ou na localização exata da ilha não se reflete na lenda por trás dela, que tem elementos bastante consistentes. De acordo com os celtas, o lugar seria a casa de uma população abastada e tecnologicamente avançada, com torres de telhado de ouro, domos gigantescos e criações de animais perfeitamente saudáveis.
Em algumas versões, o lugar seria casa dos deuses do panteão irlandês. Em outras, habitada por padres ou monges que eram guardiões de um conhecimento ancestral, o que os permitiu criar uma civilização extremamente avançada. Nos mapas, era retratada como um círculo perfeito com um canal semi-circular cortando o centro. Qualquer semelhança com o círculo da bandeira do Brasil é mera coincidência (ou não).

Em busca da ilha perdida

A tal ilha Brasil foi vastamente procurada, e há diversos relatos de viajantes que afirmam tê-la encontrado. O relato mais famoso é o do capitão irlandês John Nisbet of Killybegs. Segundo ele, sua embarcação navegava em águas próximas à costa da Irlanda quando foram surpreendidos por uma densa neblina. Quando ela se dissipou, o navio estava perigosamente próximo a um conjunto de rochas que ele desconhecia.
Buscando se orientar, ele resolveu ancorar a embarcação e os tripulantes desceram na ilha. Eles supostamente passaram um dia inteiro em Hy-Brasil e retornaram para a Irlanda levando ouro, prata e um velho habitante da ilha. Os relatos incluem a descrição de tocas de coelhos pretos gigantes e de um mago que vivia em uma torre, mas acredita-se que tudo não passe de uma obra de ficção de um escritor chamado Richard Head.
A última visão registrada da ilha ocorreu em 1872, quando o escritor T. J. Westropp e diversas outras testemunhas que o acompanhavam viram uma ilha aparecer e desaparecer completamente no oceano Atlântico. O autor afirma que essa foi sua terceira visão do que supostamente seria a Hy-Brasil e, nessa viagem, ele resolveu levar sua mãe e alguns amigos para comprovar a veracidade de seu relato.
Mapa Europa Ilha Brazil
Uma pequena ilha chamada Brazil é colocada à oeste da Irlanda nesse mapa. Fonte: Wikimedia Commons.
Há, ainda, suspeitas que ligam as viagens de São Brandão em busca da “Terra Prometida” à lenda de Hy-Brasil. O monge irlandês teria se lançado em viagens incansáveis pelo Atlântico e, em uma delas, encontrou uma terra abundante e repleta de animais exóticos, descrita como uma ilha, que estava fora do mundo conhecido pelos europeus no século X ou XI.
Estudos geológicos evidenciam a existência de bancos de areia na região apontada como a provável localização da Hy-Brasil, o que pode ser um sinal de que havia, de fato, uma ou mais ilhas por ali no passado. No entanto, nunca foram encontrados vestígios de que uma antiga civilização pudesse haver habitado o local. Antes de aportar por essas bandas, os portugueses chegaram a batizar de “Brasil” a ilha que hoje é conhecida como Ilha Terceira dos Açores. Ainda há, no local, um monte chamado Monte Brasil.
* * *

Entrando no lúdico da coisa, criei estas 3 cédulas que seriam usadas na ilha, seguindo as descrições daqueles que afirmaram no passado, ter encontrado a ilha.
Tentei criar uma aparência medieval, em língua irlandesa, datadas no ano de 1330, e seguindo o layout de cédulas antigas alemãs, confira o resultado do 
"Banco Central da Hy Brasil":

100 Libras


500 Libras


1000 Libras




Fonte: 360 meridianos (Com correções).

1 de maio de 2020

Banco de Zamunda


Para os fãs de cédulas fantasias, não podemos esquecer de um dos maiores filmes estrelados por Eddie Murphy em 1988: Um príncipe em Nova York (Título original: Coming to America).

Sobre o filme

É um filme estadunidense, do gênero comédia romântica, dirigido por John Landis em 1988 e baseado em uma história criada originalmente por Eddie Murphy, que também atuou no papel principal. O filme também co-estrelou Arsenio Hall, James Earl Jones, Shari Headley e John Amos. A primeira parte da série de filmes Coming to America, foi lançada nos Estados Unidos em 29 de junho de 1988. Eddie Murphy interpreta Akeem Joffer, o príncipe herdeiro da nação africana de Zamunda, que viaja para os Estados Unidos na esperança de encontrar uma mulher com quem ele possa se casar.

É o primeiro filme do ator Cuba Gooding Jr., que surge como um figurante na barbearia, e traz Don Ameche e Ralph Bellamy reprisando seus papéis como os milionários falidos de Trading Places, também protagonizado por Murphy. O filme também traz uma participação especial de Samuel L. Jackson como um assaltante que tenta roubar a lanchonete McDowell's.

Em 1989, foi feito um piloto para uma série de televisão spin-off planejada, embora isso nunca tenha sido escolhido para uma série. Uma sequência, intitulada Coming 2 America, foi produzida e lançada em 2021, 33 anos depois, com a maior parte do elenco original.

História da trama

Akeem Joffer, um jovem príncipe herdeiro do trono de Zamunda, um país  africano, vive uma vida de luxo e riqueza, com todas as tarefas comuns do dia-a-dia sendo realizadas por criados. Akeem se aborrece com esta vida, desejando algo a mais para si mesmo. Em seu 21° aniversário, seus pais, o rei Jaffe e a rainha Aeoleon, lhe apresentam sua futura esposa, a princesa Imani, que ele nunca conheceu e que foi treinada para obedecer todas as suas ordens.

Querendo achar uma mulher que o ame pelo que ele realmente é, e não pelo seu status social, Akeem decide viajar para os Estados Unidos da América, juntamente com o melhor amigo e assessor pessoal Semmi (Arsenio Hall). O destino escolhido é o bairro do Queens (por "queen" ser rainha em inglês), na Cidade de Nova Iorque, onde fingem serem humildes estudantes estrangeiros, e vivendo num apartamento miserável em Long Island City, ao mesmo tempo em que tentam se habituar a uma realidade bem diferente da que conhecem. Pouco depois, os dois arranjam trabalho numa lanchonete de fast food chamada McDowell's (uma imitação do McDonald's), que pertence ao viúvo Cleo McDowell e às suas duas filhas, Lisa e Patrice. Akeem acaba se se apaixonando por Lisa, mas esta já tem um namorado, o arrogante Darryl (Eriq La Salle), cujo pai é dono da marca "Soul Glo" (um creme que ajuda a cachear cabelos, ao estilo do penteado Jheri), e que, sem o consentimento de Lisa, anuncia que ambos se vão casar. Furiosa, ela termina com Darryl e começa a sair com Akeem, que a impressiona com a sua personalidade e nobreza, apesar de garantir a Lisa que vem de uma família de pastores de cabra na África.

Enquanto Akeem está com cada vez mais trabalho e aprendendo como vivem os plebeus, Semmi não está mais aguentando viver em condições de vida tão humildes. Depois que um jantar com Lisa é frustrado, Semmi propõe um apartamento com jacuzzi e outros luxos, mas Akeem confisca o dinheiro e dá tudo a dois mendigos (Don Ameche e Ralph Bellamy - fazendo uma aparição especial como os irmãos Duke de Trading Places). Semmi então emite um carta, pedido urgentemente mais fundos adicionais ao reino de Zamunda.

Como consequência, a família real e toda a corte viajam até o Queens para lidar com a situação, revelando a todos que Akeem pertence, na verdade à realeza. McDowell, que não aprovava o namoro por julgar que Akeem era pobre, fica radiante, mas Lisa se enfurece por Akeem ter escondido a sua identidade e por isso se recusa a casar com ele. Akeem explica o motivo de ter mentido, mas Lisa continua magoada. Desolado, o príncipe resolve voltar para o seu país, aceitando se casar com Imani. Perante o desgosto do filho, o rei Jaffe insiste que esta "é a tradição" e pergunta "quem sou eu para mudá-la?". A rainha Aeoleon responde: "eu pensei que fosse o rei".

Na cerimônia de casamento em Zamunda, Akeem espera, desanimado, pela sua noiva no altar. Quando levanta o véu dela, fica surpreso ao descobrir que é Lisa, que decidiu voltar atrás e aceitar se casar com ele, com a bênção de Jaffe. Ao final da cerimônia, os dois seguem de carruagem, enquanto são saudados pelo povo zamundense. Lisa está maravilhada com tamanho esplendor e pergunta a Akeem se ele realmente abriria mão de tudo aquilo por ela; Akeem afirma que poderia fazer isso ali mesmo, mas Lisa ri, optando por fazer parte da família real.


A cédula de 100 libras de Zamunda

A cédula fictícia apareceu algumas vezes durante o primeiro filme, confirmando a real existência do país na trama.

A nota foi baseada na cédula de 1 libra inglesa.
Veja a comparação de ambas. Essa nota circulou na Inglaterra entre 1960 e 1979.
Design de Robert Austin.
1 libra inglesa

O dinheiro de Zamunda: 100 libras zamundenses,
criador desconhecido.

A cédula tem o busto do Príncipe Akeen (Interpretado por Eddie Murphy), com leão dourado do brasão da bandeira de Zamunda, e a frase "I promise to pay the bearer demand the sum of one hundred pounds” que traduzido seria: “Eu prometo pagar ao portador a demanda da soma de 100 Libras”.
As dimensões prováveis são de 15,1 cm  de comprimento por 7,2 cm de altura.


Não há registro de cédulas e nem moedas originais à venda.


A produção cinematográfica teve até moedas:
Moeda de 5 Founds de Zamunda
Moeda de 5 Founds


Créditos: Wikipedia.

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