6 de junho de 2020

Tônia Carrero: A inspiração de Benedicto Ribeiro


Algumas pessoas se perguntam: Quem será essa pessoa cunhada na moeda tal, ou na cédula x.. Algumas figuras são perfeitamente identificáveis, outras, são efígies baseadas em alguma personalidade. No caso das nossas moedas, há um caso que durante muito tempo foi tratado como mito, e sem confirmação nenhuma. Anos mais tarde, descobrimos o que seria a verdade.

Tônia Carrero, nome artístico de Maria Antonieta Portocarrero Thedim, teria servido de inspiração, dada a sua beleza marcante, às moedas da nova efígie da República Brasileira. Considerada por muitos a efígie mais bela de todos os tempos.

Вenedicto Ribeiro teria usado o perfil da atriz, dada a sua profunda admiração por ela, para criar os cunhos das séries de moedas de Cruzeiro que viriam a circular nos anos 1960 e 1970.


Anos mais tarde, foi o numismata Emerson Pippi quem fez a descoberta de que Tônia Carrero fora a modelo que inspirou a efígie da República nas moedas e da nota de 1 cruzeiro deste período.

Enquanto ele entrevistava a artista plástica Glória Dias, que trabalha com o time de designers da Casa da Moeda do Brasil, para obter informações sobre a moeda de 1 real conhecida pela alcunha de "Real Balsemão" ou "Bromélia do Balsemão", ele fez a seguinte pergunta:

Emerson: "E a efígie da República? Ela já havia sido usada em moedas dos anos 1960. Qual o motivo de usá-la novamente?"

Glória: "Essa efígie era unanimidade entre todos os artistas da época como a mais bela de todas. A obra é do gravador numismata Mestre Benedicto Ribeiro, admirado por toda a equipe. O perfil que inspirou ele foi o da jovem e bela atriz Tônia Carrero."

A questão nunca foi divulgada de maneira oficial pela Casa da Moeda do Brasil, porém a própria atriz confirmou os fatos posteriormente em entrevistas para o Jornal Folha e a Revista Isto É Gente.

Confira uma reportagem do Vídeo Show sobre a carreira e vida da atriz:



De um sonho antigo, decidi agora em 2020 tornar mais evidente a inspiração de Benedicto Ribeiro, recriando, finalmente, a cédula com esta grande atriz:
 Abaixo, a nota que tem a imagem que foi inspirada em Tônia Carrero, este grupo de cédulas são obras de Aloísio Magalhães:





Vida de Tônia Carrero:

Nascida e criada na zona sul carioca, Maria Antonieta de Farias Portocarrero, seu nome de solteira. Apesar de graduada em Educação Física, a formação de Tônia como atriz foi obtida em cursos de teatro em Paris. Antes de partir para a França, fez um pequeno papel no filme Querida Susana. Foi a estrela da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, tendo atuado em diversos filmes.

A estreia no teatro aconteceu no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), em São Paulo, com a peça Um Deus Dormiu Lá em Casa, onde teve como parceiro o ator Paulo Autran. Após a passagem pelo TBC, formou com seu marido à época, o italiano Adolfo Celi, e com o amigo Paulo Autran, a Companhia Tônia-Celi-Autran (CTCA), que nos anos 1950 e 1960 revolucionou a cena do teatro brasileiro ao constituir um repertório com peças de autores clássicos, como Shakespeare e Carlo Goldoni, e de vanguarda, como Sartre. Ainda na década de 1960, na TV Rio, apresentou o programa No mundo de Tônia, com músicas, danças e poesias.

Na TV, um dos seus personagens mais marcantes foi a sofisticada e encantadora Stella Fraga Simpson na novela Água Viva (1980), de Gilberto Braga. Tônia viria a trabalhar novamente com o autor, em 1983, na novela Louco Amor, dessa vez interpretando a não menos charmosa e chique Mouriel. Tanto em Água Viva como em Louco Amor, Tônia perdeu o papel de vilã para Beatriz Segall e Tereza Rachel, respectivamente. Mesmo assim, os dois personagens que interpretou foram um sucesso. Em 1981, chegou a ir a Portugal, para atuar no especial de Ano Novo do programa Sabadabadu (1981/1982), que tinham Camilo de Oliveira e Ivone Silva como atores principais do show. Anos depois, voltou ao país para atuar no programa Cupido Electrónico (1992), que misturou atores brasileiros e portugueses.

Era mãe do ator Cecil Thiré, e avó dos atores Miguel Thiré, Luísa Thiré e Carlos Thiré.
Tônia Carrero morreu aos 95 anos, em 3 de março de 2018, na Clínica São Vicente, na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro, vítima de uma parada cardíaca enquanto realizava um procedimento cirúrgico para tratar de uma úlcera no osso sacro. A alguns anos, sua saúde estava debilitada por conta da hidrocefalia que a acometeu já idosa e que a impedia de falar e se locomover.

Fica aqui, uma pequena homenagem à Tônia Carrero e ao Benedicto Ribeiro.

Com texto adaptado de Collectgram e Wikipédia.


  Atenção: Minha cédula de 1 Cruzeiro está sendo copiada e vendida indevidamente na   Shopee por vendedores de Minas Gerais e Santa Catarina. Cuidado com as   falsificações. 









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